"​Nunca é tarde para ser quem você poderia ter sido." Essa frase tem sido o meu lema nos últimos anos. A encontrei à deriva pela internet e cheguei a tatuá-la em meu braço. O Google - na maioria das vezes - a atribui à George Elliot, ironicamente uma romancista britânica de nome Mary Ann Evans, que de forma revolucionária e insurgente usava esse pseudônimo masculino para ser levada à sério. Tal frase me acertou em cheio. Demorei quarenta anos para decidir ser um escritor. Antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Sempre trabalhei no meio acadêmico, mas nunca dediquei meu tempo à escrita. A mantive adormecida como uma espécie de paixão proibida, essa é a verdade! Nunca soube o que fazer com o desejo de exteriorizar meus devaneios, reflexões, contos e poemas, não necessariamente nessa mesma ordem. E foi justamente no curso de licenciatura em Letras que decidi iniciar um projeto ambicioso: uma revista eletrônica voltada à Arte e Educação. Um espaço para quem desejasse ver seus trabalhos publicados, e para quem quisesse compartilhar dessa mesma paixão: a escrita. Assim nasceu a Revista Literária Aspas Duplas, como um periódico digital, trimestral e gratuito; onde todos os colaboradores são voluntários e a publicação de suas obras, um sonho realizado.